Gestão da quilometragem rodada: como economizar muito dinheiro na gestão de frotas
Economizar dinheiro e aumentara produtividade no uso dos veículos funcionais são alguns dos objetivos dos gestores de frota. Quando tratamos da gestão de frotas leves, contamos com alguns indicadores importantes que nos guiam rumo ao alcance dessas metas. Desses indicadores, a quilometragem rodada é o mais básico.
Apesar disso, muitas vezes a gestão de frotas ainda negligencia a quilometragem rodada como fator fundamental de economia para a empresa. Neste artigo você vai entender como a gestão da quilometragem rodada ajuda a economizar muito por meio de boas práticas que trazem resultados. Boa leitura!
Quilometragem rodada: o que é esse indicador
O custo por quilometragem rodada é um indicador fundamental na gestão de frotas, representado pela unidade R$/km. Quanto menor o custo por km rodado e maior o desempenho do veículo, melhor o indicador.
Quando falamos de custo por km, nos referimos não apenas ao gasto com combustível. Existem vários custos diretos e indiretos que sobem quando a quilometragem rodada aumenta: custo com revisões programadas, manutenção corretiva, depreciação do veículo ou valor de locação maior (no caso de frotas locadas), seguro, sem contar o risco de acidente, que tende a ser maior quanto mais o veículo rodar. Assim, fazer a gestão racional da quilometragem rodada reduz não apenas o custo total, mas também o custo por km rodado.
Esses custos são multiplicados pelo número de veículos da frota, o que gera um efeito cascata que pode trazer gastos extras de centenas de milhares de reais. Como então utilizar o indicador de quilometragem rodada para economizar?
Identificação de rodagem produtiva
O primeiro passo é identificar a rodagem a trabalho (on job) e fora do trabalho (off job), ou seja, diferenciar a rodagem produtiva da improdutiva. Repare que a quilometragem off job se refere não apenas aos momentos de folga do usuário da frota, mas também aos desvios de rota não relativos à função durante o expediente.
Existem basicamente três formas de se chegar a um indicador de quilometragem.
O primeiro é utilizar um boletim diário de viagem (BDV), anotando diariamente os valores que constam no hodômetro – ou tirando foto dele (prática mais viável para frotas que voltam para o pátio da empresa). Essa prática depende da informação humana, o que abre a possibilidade de erros ou fraudes.
Outro método é captar a informação de hodômetro dos sistemas de gestão de abastecimento (cartões de combustível). Porém, essa prática permite apenas saber quantos km foram rodados num período de tempo e não especifica os horários de rodagem, além também estar suscetível a fraudes e erros de digitação.
Chegamos à forma mais adequada e moderna de checagem, que é a telemetria. Com o uso dessa tecnologia é possível identificar o horário e os locais em que o veículo está rodando. A telemetria proporciona um retrato fiel do uso da frota, o que permite chegar a um indicador preciso do custo por km rodado produtivo e não produtivo. Conhecendo o cenário real, é possível agir para reduzir os custos e aumentar a produtividade da frota.
Quanto custa negligenciar a quilometragem rodada
A quilometragem rodada para fins que não sejam exclusivamente do trabalho é a primeira “gordura” que pode ser removida. Em média cerca de 30% da quilometragem rodada por frotas leves de empresas são percorridos fora de trabalho. Ou seja, no mínimo 30% do custo total de rodagem dos veículos poderiam ser economizados.
Imagine que você seja gestor de frotas e calcule que, em média, cada veículo operacional da frota rode 3000 km por mês, com custo médio por km de R$1,20. Considerando 30% de rodagem fora do trabalho, você chega à conclusão de que são 900 km rodados sem necessidade mensalmente. Com o indicador de R$1,20 por km rodado, o gasto desnecessário mensal desse veículo chega a R$1.080,00, ou R$12.960,00 ao ano. Se a sua frota é formada por 100 veículos, esse gasto chega a R$1,3 milhão por ano.
Note que ao reduzir a quilometragem total, o custo por km rodado também cai, já que são reduzidos os gastos indiretos que a rodagem do veículo proporciona (manutenção, risco, depreciação etc.).
Ações integradas para diminuir o custo por km rodado
O primeiro passo para uma boa gestão de quilometragem rodada, como vimos, é a identificação dos indicadores. Ter um diagnóstico preciso da rodagem não produtiva da frota é fundamental, mas não suficiente. Não basta conhecer os indicadores se não agir para combater o desperdício.
As ações devem ser integradas e envolvem capacitação, conscientização, monitoramento, ações de logística e controle dos indicativos, levando a gestão de frotas a buscar a meta de ter zero desperdício de km rodado. É uma mudança na própria cultura corporativa, que deve estar sempre atenta a focos de desperdício de recursos para impulsionar a produtividade do uso da frota, com o gestor de frotas à frente desse processo.
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